20 de maio de 2016

Resultados da reunião do Setor de TI e panorama do diálogo com governo de Alagoas

 Na última quinta-feira (19) foram reunidos empresários, gestores de tecnologia da informação, e representantes do movimento alagoano Sururu Valley na sede da Assespro-AL no Jaraguá junto com diretores da Associação.

O encontro liderado pela Assespro-AL teve como pauta a retrospectiva dos modelos de gestão do Cais Tecnológico já construídos desde 2011 e que contaram com a participação dos diversos setores (governo, academia e setor produtivo); apresentação do diálogo com Governo de Alagoas (Sedetur) sobre a exclusão da figura do Gestor à frente da mobilização e dinamismo do Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação de Maceió (APL de TI); participação do Setor produtivo representando o Setor de Tecnologia da Informação no Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas (Conselho de CT&I) e abertura de espaço para exposição dos fatos que vêm acontecendo em relação a InfoVia de Alagoas. Um consórcio liderado pela Empresa Alagoana Aloo Telecom.

Diante da pauta acima exposta, representantes da Associação fizeram uma retrospectiva dos modelos de gestão já construídos pela gestão anterior da Secti, sendo 21 e 22 de Julho de 2011 com a participação de representantes da UFAL, UNCISAL, Estácio FAL, Cesmac, Fits, FAT, IFAL, Incubadora IET, ITEC, FINEP, CNPq, Desenvolve/AFAL, Assespro, APL de TI de Maceió, Laboratório LCCV, Microsoft, Serveal, Sebrae-AL, Senac-AL, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Bradesco, FIEA, SENAI, IEL, SECTI, Ministério de CT&I e a FAPEAL. A partir das oficinas ministradas pela Empresa MDL Brasil foram construídos os seguintes documentos: 1) Estratégias de Implementação, 2) Modelo de Governança, 3) Custos Iniciais de Implementação e 4) Projeto para Captação de Recursos.

Em julho de 2012 os consultores e juristas do Rio Grande do Sul, Olávio Motta e Itamar Freitas, a partir de estudos realizados e entrevistas com atores e gestores locais, construíram o segundo modelo de gestão do Cais Tecnológico, entregando os documentos gerados a Secretaria de Ciência e Tecnologia. Modelo este que tinha como base a estruturação da Fundação Parque Tecnológico Social de Alagoas e que o Cais Tecnológico faria parte desta Fundação em conjunto com mais dois Polos, um sediado em Arapiraca e o outro em Batalha.

Após estes dois modelos já construídos e propostos pela antiga gestão da Secti, o Setor Produtivo de Tecnologia da Informação em conjunto com juristas locais, Universidade Federal de Alagoas, membros do APL de TI de Maceió e representantes do Sururu Valley construíram um terceiro modelo considerado mais adequado e que tem maior autonomia e dinamismo. Este modelo leva em consideração a construção de um conselho com autonomia e pouca (ou quase nenhuma) interferência política. Tal documento foi construído baseado em outros Polos e Parques Tecnológicos considerados modelos no país.

Diante disto, ao apresentar a proposta de que o governo irá direcionar energia, recursos e principalmente tempo, para construção do quarto modelo de gestão, o Setor na reunião reagiu de forma negativa, pois o modelo apresentado pela Associação e entregue a Secretaria de Ciência e Tecnologia é considerado o mais adequado para a realidade alagoana e dinamismo local.

“Não temos mais tempo para rediscutir e construir pela quarta vez um novo modelo de gestão, pois o Cais Tecnológico irá abrir as portas e não teremos a instituição formalizada”, afirmaram alguns empresários presentes.

Quando levantada a questão da transferência da sede da Secti para o prédio do Cais Tecnológico, o setor não aprovou a ideia por achar que a burocracia governamental não se encaixa no dinamismo proposto do complexo de tecnologia. Porém, o grupo não se opôs a reservar pontos para órgãos governamentais, incluindo a Secti, com o intuito de aproximar iniciativa privada e pública.

No que tange ao APL de TI, a Assespro-AL informou a saída da figura do gestor do APL de TI e da nova formatação que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo e a Secretaria de Ciência e Tecnologia estão trabalhando para propor. No entanto, os empresários presentes reafirmaram a necessidade de um agente mobilizador no setor produtivo, caracterizada pela figura do Gestor. Ações articuladas e desenvolvidas pelo Gestor em parcerias com as entidades locais são fundamentais e estratégicas para o fortalecimento das empresas inseridas no Arranjo.

Tão importante quanto aos itens acima mencionados foi também a reivindicação da participação do Setor Produtivo no Conselho de Ciência e Tecnologia do Estado de Alagoas. O grupo acredita que não faz sentido o setor ficar de fora no Conselho, tendo em vista que os projetos tidos como estruturantes do Setor surgiram dos anseios dos empresários do mesmo segmento.

E por último, mas não menos importante, foi concedido um espaço para o CEO da Empresa líder do Consócio Aloo Telecom narrar os fatos que vêm acontecendo na execução do Contrato da InfoVia. Contrato este que foi firmado através de licitação entre o Instituto de Tecnologia em Informática e Informação de Alagoas (ITEC) e o Consórcio já mencionado. A Aloo Telecom tem tido dificuldades para receber o pagamento do ITEC, inclusive. Em breve mais informações sobre o ocorrido em um post específico.

 

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