18 de junho de 2015

Aplicativo Livox vai à premiação da ONU e derrota 20 mil concorrentes

O aplicativo que facilita a vida de milhares de pessoas que possuem deficiência de comunicação foi criado pelo pernambucano analista de sistema Carlos Pereira, CEO da empresa Agora Eu Consigo Tecnologias de Inclusão Ltda, junto com uma equipe de analista de Sistemas, Fonoaudiólogos e Terapeutas. A princípio Carlos tinha apenas a intenção de ajudar sua filha e não esperava que o aplicativo pudesse ganhar o mundo, muito menos chegar a premiação da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao instalar o Livox (Liberdade em Voz Alta) em um tablet, deficientes auditivos conseguem se expressar tocando em figuras, textos e vídeos.

Após quatro anos de elaboração, o programa chegou ao mercado e logo criou grande repercussão. Foi à premiação da ONU e derrotou 20 mil concorrentes de 178 países na categoria Tecnologias Móveis e foi eleito o melhor aplicativo de inclusão social do mundo. Livox conseguiu o primeiro lugar na disputa da final que ocorreu no início de fevereiro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

“Agora eu estou indo para a Coreia do Sul e logo em seguida para o Japão para um evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento e, se Deus quiser, nós já estamos preparando o Livox para a internacionalização e entrada em novos mercados”, diz Carlos Pereira, em entrevista ao G1.

Com distribuição nacional, mais de dez mil pessoas utilizam o aplicativo. Para Carlos, o número de usuários pode ser bem maior, pois existem quinze milhões de brasileiros que necessitam dessa tecnologia. Pessoas com paralisia cerebral, autismo, seqüelas de derrame, esclerose lateral amiotrófica.

“A gente quer que cada vez mais pessoas com deficiência possam viver uma vida mais significativa. O Livox dá uma voz para essas pessoas, permite que eles aprendam a ler, a escrever e, por meio disso, possam viver uma vida melhor. Essa é a nossa maior satisfação” comenta o analista.

O prêmio internacional trouxe bastante reconhecimento e prestígio, porém, para Carlos, a maior conquista do app criado foi ajudar sua filha Clara, que teve paralisia cerebral. Com ajuda do Livox, a menina aprendeu a se comunicar, ler e escrever.

Para usar o Livox, o usuário precisa adquirir o aplicativo que custa R$ 799 (por um ano), R$ 899 (2 anos) e R$ 999 (3 anos). A renovação pelo mesmo período custa a metade do preço. A licença vitalícia custa R$ 1.350.

Fontes: G1 Pernambuco, TecMundo

Repórter: Rafael Guedes

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